quarta-feira, 16 de março de 2011


Quando me Amei de Verdade

Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato.
E então, pude relaxar.
Hoje sei que isso tem nome... Auto-estima.
Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia, meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra minhas verdades.
Hoje sei que isso é...Autenticidade.
Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento.
Hoje chamo isso de... Amadurecimento.
Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo.
Hoje sei que o nome disso é... Respeito.
Quando me amei de verdade comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável... Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início minha razão chamou essa atitude de egoísmo.
Hoje sei que se chama... Amor-próprio.
Quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro.
Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo.
Hoje sei que isso é... Simplicidade.
Quando me amei de verdade, desisti de querer sempre ter razão e, com isso, errei muitas 

menos vezes.


Charles Chaplin.

terça-feira, 15 de março de 2011


Eucaristia: “Quem não comer não terá a vida

Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão, que eu hei de dar, é a minha carne para a salvação do mundo. (São João 6,51)
Nossos sacrários mantêm entre nós a realidade da Encarnação: “O Verbo se fez carne e habitou entre nós…” E habita ainda, está verdadeiramente presente entre nós, não somente de uma maneira espiritual, mas com seu próprio Corpo”.
O termo “eucaristia” (em português, significa “ação de graças”) indica a refeição dos discípulos de Jesus de Nazaré, isto é, a comunidade reunida para a fração do pão (Cf. At 2,42), fazendo memória da morte e ressurreição do Senhor (Cf. Lc 22,19), dá graças ao Deus Pai pelo sacrifício único e perfeito do Homem-Deus.
A Eucaristia é o nosso maior auxílio para perseverarmos na graça de Deus. São Dionísio nos fala que “o sacramento da Eucaristia tem poder de santificar as pessoas mais do que todos os outros meios espirituais”. O Papa Inocêncio III (3º) chegou a dizer que “Jesus Cristo com sua Paixão nos livrou do poder do pecado, mas com a Eucaristia nos livra do poder de pecar” e completa o Concílio de Trento afirmando que a comunhão é “remédio pelo qual somos livres das faltas cotidianas e preservados dos pecados mortais”.
Como é grande o valor da Eucaristia diante das dificuldades da nossa vida. Muito bem nos testemunha Santa Faustina Kowalska: “Vejo-me tão fraca que, se não fosse a santa comunhão, eu estaria caindo continuamente; dela tiro forças, nela está o meu vigor. Tenho medo da vida nos dias em que não recebo a comunhão. Do sacrário tiro força, vigor, coragem, luz; aí busco alívio nos momentos de aflição. Eu não saberia dar glória a Deus se não tivesse a Eucaristia em meu coração”.
A Eucaristia é também a base da comunidade cristã; é “a raiz e o eixo de toda comunidade, centro da vida sacramental, à qual a Palavra conduz. Por isso, pode-se afirmar que onde há Eucaristia há Igreja” (Puebla 662).
Enfim, que possamos descobrir e crescer no amor a este maravilhoso sacramento; a este Deus que se oferece como uma oblação pura e como meio de salvação para a humanidade.

quinta-feira, 10 de março de 2011

JEAN THIERRY, o menino que queria ser Jesus

Jean Thierry nasceu a 4 de Fevereiro de 1982 nos Camarões. Filho de um casal de cristãos convictos e fervorosos, desde pequeno manifesta o desejo de ser sacerdote que, para ele, significava converter-se em Jesus.
Para ajudar a família, prepara todos os dias 20 litros de sumo de limão gelado para vendê-lo no mercado. Volta para casa sob um sol escaldante e com a garganta mais do que seca.
De caráter sociável, alegre e cheio de humor, conquista os seus companheiros. Inteligente e sempre o primeiro da turma não se esquiva de ajudar aqueles que eram menos dotados. Compunha poesias e um exímio animador de festas. Era muito activo na paróquia.
Um dia, à sua mãe que o via rodeado de raparigas, prevendo outras perguntas, Jean Thierry desfez toda a suspeita dizendo-lhe: “Sei o que estás a pensar, mas posso dar-te a certeza absoluta que guardo intacta a minha pureza. Pedi a Jesus que me conceda o dom da castidade e não tenho dúvida nenhuma de que serei escutado… Quero ser sacerdote e quero chegar puro ao sacerdócio…”A 28 de Julho de 2003, entra no Carmelo teresiano. Aí, Jean Thierry descobre com muita alegria que é no Carmelo que Deus o quer. A vida fraterna, o estudo, o apostolado e o trabalho manual, elementos essenciais do carisma teresiano masculino encontram nele um postulante fervoroso, inclinado para o essencial.
A 29 de Junho de 2004 é admitido no Noviciado e destinado a ir, com os outros companheiros a Burkina Faso. Mas algumas semanas depois, manifesta-se um tumor no joelho direito impedindo-o de partir. Começam os tratamentos e o seu caminho doloroso de hospital em hospital. A 18 de Novembro sofre a amputação da perna direita. Jean aceita com alegria essa prova para contribuir com o seu sacrifício ao nascimento de novas vocações religiosas e sacerdotais no Carmelo e para toda a Igreja. Ele mesmo consola o Superior de formação e orientador espiritual, afirmando que “ao fim de contas, o Senhor só me pede o dom de uma perna que já não serve para nada…”Em Agosto de 2005, os seus superiores decidem enviá-lo para Itália para que inicie lá o seu noviciado ao mesmo tempo que beneficiava de maior assistência médica, depois de lhe ter sido aplicada uma prótese na perna direita. Mas as primeiras observações no hospital de Milão revelam imediatamente a gravidade da situação: a doença progride. Entra na última etapa da sua jovem vida, pois qualquer tratamento é inútil…
A 8 de Dezembro de 2005, obtida a necessária dispensa, Jean Thierry terá a alegria de realizar a sua Profissão Solene como carmelita, na presença da sua mãe. O seu quarto de hospital tornou-se um templo durante aqueles dias. Centenas de pessoas, sobretudo jovens, são atraídas pela serenidade e pela alegria do Jean.
A 5 de Janeiro de 2006, Jean Thierry, Carmelita Descalço, ainda sem ter completado 24 anos, parte para o Céu… 
O seu funeral em Milão a 11 de Janeiro conheceu uma imensa multidão, mas foi sobretudo na sua terra nos Camarões que a sua chegada foi assinalada pela alegria e triunfo. Uma grande multidão o acolheu e durante dois dias centenas e centenas de pessoas passaram por ele.
Numa determinada ocasião, terá dito: “Eu não serei como Santa Teresinha que prometeu uma chuva de rosas desde o céu… Não, quanto a mim, quando estiver no céu farei chover um dilúvio de vocações para o Carmelo e toda a Igreja”